“Auditoria meramente política”, diz Mabel sobre ação do DenaSUS nas maternidades de Goiânia
Ele insistiu nas críticas que a auditoria não alcança a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), comentou nesta quarta-feira (28) a auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) nas maternidades públicas da capital. À coluna, Mabel afirmou que vê a ação como “meramente política”, reforçando a posição do secretário de Saúde, Luiz Pellizer, que ontem, havia solicitado à equipe que inserisse a gestão anterior, tocada pelo ex-prefeito Rogério Cruz (SD), no escopo da investigação.
Pouco antes da prestação de contas na Câmara dos Vereadores, Mabel também criticou o pedido feito pela vereadora Aava Santiago (PSDB). “A auditoria tem que pegar os bandidos. A Aava pediu uma auditoria no nosso mandato? Não tem problema algum. Ela precisava pedir quando pagava R$ 20 milhões para o Fundahc e o Pollara ava o dinheiro lá dentro para pagar o fornecedor que ele queria”, disse Mabel na coletiva com a imprensa e em referência ao ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara, preso no ano ado por irregularidades na pasta.
De acordo com o prefeito, a atual gestão reduziu rees considerados irregulares e interrompeu práticas adotadas anteriormente. “Nós cortamos R$ 8 milhões que avam a mais para fazer fraude com fornecedor. Por isso, foi todo mundo preso na Saúde”, afirmou. “Não querem olhar onde tem problema, querem olhar politicamente. Para nós pode olhar o que quiser, não temos problema.”
Mabel também afirmou que a Fundahc, fundação responsável pela gestão das maternidades, está sendo cobrada por maior eficiência. “Tem que andar melhor”, resumiu.
Embora ainda não tenha respondido diretamente ao prefeito, um dia antes, nesta quarta-feira (28), Aava Santiago afirmou que recorreu ao DenaSUS após esgotar as vias institucionais locais. Ela ressaltou que sua atuação inclui denúncias formais feitas desde 2023 e disse que a atual gestão também precisa responder por falhas identificadas nas maternidades neste ano. “Cinco meses depois, os mesmos problemas permanecem. Não se trata de falta de tempo, mas de falta de vontade política e de gestão”, afirmou à coluna.