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Estudo aponta invasões e riscos ao longo da Ferrovia Norte-Sul

Levantamento apontou mais de 540 interferências irregulares, como redes elétricas, vias improvisadas e travessias não autorizadas

Casas, cercas, plantações e até criações de animais aumentam risco em ferrovia - Foto: Divulgação/PPI.Gov.Br

A Ferrovia Norte-Sul, eixo estratégico do transporte ferroviário nacional, e que possui ramais em Goiás, vem enfrentando um cenário de invasões e interferências ao longo de seus 2.250 quilômetros. Um estudo de campo realizado entre janeiro e maio de 2025 identificou ocupações irregulares em pelo menos 73 áreas próximas aos trilhos, o que pode comprometer a segurança da malha e aumentar o risco de acidentes.

A maior parte das ocupações se concentra em áreas desapropriadas para a implantação da ferrovia, mas que não foram utilizadas diretamente pela linha férrea. Casas, cercas, plantações e até criações de animais foram encontradas nesses espaços, que pertencem à chamada faixa de domínio – uma faixa de 80 metros que margeia os trilhos. Das áreas invadidas, 31 foram classificadas como de risco gravíssimo.

O levantamento, encomendado pela estatal Infra S.A., também apontou mais de 540 interferências irregulares, como redes elétricas, vias improvisadas e travessias não autorizadas, sendo que 57 delas foram consideradas gravíssimas. A proximidade das construções com os trilhos é um dos principais fatores usados para determinar o grau de risco.

Atualmente, a Norte-Sul é operada pelas concessionárias VLI e Rumo Logística e teve parte de seu trecho inaugurado em 2023. O governo federal prevê ainda a expansão da malha até Barcarena (PA), o que ampliaria sua integração com o sistema portuário. Enquanto isso, o estudo completo será finalizado até 16 de junho, e as autoridades prometem avaliar medidas istrativas e judiciais para coibir novas invasões na Ferrovia Norte-Sul.

Procuradas, as concessionárias afirmaram adotar ações preventivas e educativas para conter ocupações irregulares e que aguardam a conclusão do estudo. A ANTT, responsável pela regulação do setor, declarou que também aguardará o relatório final para adotar providências junto aos operadores e à Infra S.A.

“A agência ainda não teve o ao estudo contratado pela Infra S.A., mas informa que, ao tomar conhecimento do material, irá considerá-lo no exercício de suas competências legais e regulatórias, tratando os casos identificados diretamente com as concessionárias e com a própria Infra”, afirmou.

Com informações da Folha de S. Paulo